Um Jardim de Esperanças

UM JARDIM DE ESPERANÇAS
8º livro de Luiz Sergio, 150 páginas, psicografado por Irene Pacheco Machado - 4ª edição em 1987

19 - Fomos introduzidos numa cabine transparente, como essas de telefone. Quando nela penetramos, um jogo de luzes energizou o nosso corpo perispiritual e nos sentimos um pouco sonolentos. Quanto tempo por ali ficamos, não sei dizer, e só percebi a beleza do ambiente quando abrimos os olhos. Eu e Calixto estávamos agora vestidos com os clássicos camisolões azuis! O lugar era um imenso jardim, com flores gigantes de vários matizes, prevalecendo as cores lilás, rosa e azul. Parecia o jardim do Éden; muitas entidades, de camisolões, por ali passeavam ....................

25 - Luiz Sergio, quando a trombose me libertou do corpo físico, minha filhinha Érica tinha apenas cinco anos. Foi criada por minha antiga esposa e seu novo marido. A mãe para suprir minha falta, fazia-lhe todas as vontades. Desde pequena Érica apresenta distúrbios que os médicos julgam físicos, mas sabemos que são fluidos acumulados. Sua mediunidade está bem atuante e por isso ela tem depressões terríveis. Quando a aconselham a procurar um Centro, fica furiosa, julgando ser coisa de maluco, mas no fundos sabe que ......

30 - .... aquele lindo filme sobre Jesus possuía passagens não escritas no Evangelho.

33 - .... quando notamos várias entidades deleitando-se com a desarrumação da casa. As roupas atiradas no chão, por estarem sujas, eram doce atrativo para aquelas entidades, que as cheiravam, desejando aspirar as vibrações dos encarnados, principalmente daqueles que fumavam ou ingeriam bebidas alcoólicas.

39 - Viemos aqui em emergência. O avô está sofrendo muito, mas mesmo assim reluta em deixar o corpo físico, por temer a morte .... ..... mas é ele mesmo que está prolongando o seu sofrimento. Nos viemos cumprir com o nosso dever, mas não podemos força-lo a nada.

43 - ... no hospital, nos aproximamos de uma criança de 5 anos sofrendo de leucemia ..... ....passei a a acariciá-la. Ela sorriu para mim e ficamos conversando. O pai, apavorado, chamou a enfermeira, dizendo que a filha estava delirando. Ela piscou o olhinho, dizendo; ....

47 - Gumercindo, acercou-se de um bebê com câncer uterino, ele se retorcia de dor. Impondo as mãos em seu ventre, foi dispersando energias negativas e, logo em seguida, energizou todo o baixo ventre, como que o anestesiando. O bebê, que gritava muito foi calando devagarzinho ........

52 - Tens razão, Luiz Sergio, a irmã lesou o seu cérebro inalando cocaína em sua última encarnação; voltou nesta encarnação com as células destruídas e gradativamente, se Deus permitir, iremos, com a sua própria ajuda, recompor as partes afetadas.

76 - O exemplo fala muito mais do que palavras. O verdadeiro espírita fala pouco e os seus passos são tão firmes que quem caminha ao seu lado, sente vontade de adquirir a mesma força e coragem. Gritar que é espírita, que é médium, que cura, que tudo sabe, longe o deixa da grandeza do Cristo, que disse: "não diga a ninguém que o curei".

79 - .... nos que trabalhamos na crosta da Terra deparamo-nos com o despreparo de vários irmãos que tomam parte nessas reuniões.
Tens razão, o médium iniciante deve estudar e não ficar esperando uma mediunidade gloriosa.

91 - Irmã, perdoe-me, mas nesses casos há cura?
Sim, Luiz, principalmente se o sanatório procurar curar o espírito.
Mas existem tão poucos sanatórios espíritas na Terra! .....

98 - Cada encarnado que orava com fé, era um bálsamo para aquele espírito, porém quando alguns sussurravam, falando mal de sua conduta, ele piorava, mostrando-nos o perigo de comparecer nesses lugares apenas para cumprir um dever social. Levar só pêsames ao próximo é muito mais do que isso - é a ajuda espiritual, é amor. Portanto, em qualquer velório as preces devem partir do coração porque é o momento em que o espírito desencarnado mais precisa de nós.

99 - "Quanto tempo aquele jovem ainda teria na Terra? e num instante vislumbrei o que seria a sua vida futura, se não houvesse se suicidado: formar-se, casar, constituir família. Enfim, ele viveria até os oitenta anos e ali jazia com apenas vinte, pesarosamente.

106 - A mulher muitas vezes, julgando que o seu bebê não sofre com os seus vícios, ingere bebidas alcoólicas, e traga cigarros, fazendo o bebê sofrer muito. Tudo isso vocês presenciarão e terão que .............

112 - Sergio, esta família sempre admirou o Espiritismo e, como a senhora conhece teus pais, tem por ti muito carinho. Todos os teus livros são lidos pela família, mas ficam só na leitura. Dizem-se espíritas mas nada querem com a Doutrina; caridade é palavra pronunciada às vezes, assim mesmo por orgulho.

117 - Gumercindo, muitos dizem que o espírita é masoquista, que ele gosta de sofrer.
Não, Luiz Sergio, ele não gosta do sofrimento, ele aceita cada lição, mesma amarga, como um remédio para o seu espírito, enquanto outros irmãos se desesperam e blasfemam, por desconhecerem que estamos aqui de passagem e por isso temos obrigações de procurar na fé, a força e as esperanças em Deus.

120 (sobre seções nas Casas Espíritas) Esperamos pacientemente e oramos cada vez mais, para que eles venham um dia as seções, não só perfumados, limpos e bem vestidos, mas também limpos por dentro, sem terem comido carne, o coração sem mágoas, sem estarem intoxicados de álcool e fumo.

139 - É difícil de se imaginar o movimento em um Centro Espírita. Os encarnados vão para seus lares descansar, mas o Centro não fecha - é um hospital de Deus. Em seus pátios deveriam existir placas, pedindo silêncio e respeito. Enganam-se aqueles que julgam que o atendimento só se dá no seu interior e fazem do pátio lugar de conversas fúteis, fumando cigarros, esquecidos de que junto a eles vários irmãos lutam desesperadamente para se verem livres dos antigos vícios.

145 - ( acudindo recém desencarnados) Calma, amigos, sou Luiz Sérgio, um irmão em Jesus, que deseja leva-los ao hospital.
- Ainda bem que não estamos mortos! Há pouco reencontramos nosso pais que já partiram há muito tempo e corremos deles. Veja só, senhor Luiz Sérgio, queriam-nos ajudar! Onde já se viu fantasma ajudar alguém?

146 - Quem são esses? perguntei ao Jacinto. Parecem encarnados, mas não estão aqui através de desdobramento perispiritual, não é mesmo?
- Sim eles prestam ajuda através da projeção mental.
- Gozado, Jacinto, eles são diferentes, parecem sombras.

148 - Como tudo seria diferente se eu voltasse agora! Talvez não exigisse tanto dos amigos, tivesse mais paciência com os familiares, soubesse abraçar mais os sozinhos, mas enfim, para isso é que morremos: a morte é como a poda nas árvores, para que o espírito venha a florir.